Aneurisma Intracraniano

Angiografia cerebral



Aneurismas são dilatações anormais das artérias. Dentre eles os aneurismas saculares são a maioria e podem ter origem congênita ou adquirida, tendo como principais fatores predisponentes hipertensão arterial, etilismo, tabagismo, colagenoses e doença renal policística.

Estima-se que a incidência do aneurisma intracraniano seja por volta de 1% da população. Raramente provoca sintomas antes de romper. Quando rompe, no entanto, evolui com episódio de hemorragia subaracnóidea (HSA), caracterizado por cefaléia de instalação súbita, de forte intensidade, que pode estar acompanhada de náuseas, vômitos, sonolência e coma. Devido a importante gravidade relacionada ao episódio de hemorragia subaracnóidea, se torna necessário o tratamento do aneurisma em regime de urgência, visando a prevenção de novo sangramento e possibilitando uma abordagem mais eficiente das complicações tardias da HSA.

A HSA é uma urgência médica, com alta taxa de mortalidade e morbidade. Cerca de 30% dos pacientes com HSA morrem antes de serem socorridos; metade dos sobreviventes morre ou apresenta seqüela grave nos dias subseqüentes.

Em 2002 um importante estudo científico (International Subarachnoid Aneurysm Trial-ISAT) foi publicado e posteriormente revisado em 2005, demonstrando a eficácia do método endovascular no tratamento dos aneurismas intracranianos e suas vantagens sobre o tratamento cirúrgico na maiorias dos casos.

Nos países desenvolvidos, são embolizados cerca de 50 a 85 % de todos os pacientes com aneurisma. No Brasil, estima-se que cerca de 10% do pacientes com aneurisma são tratados por esta via.